Neste passado fim de semana fomos passear de novo. O verão ainda está bom e nós a fazer o nosso melhor para o esmifrar. Os frios meses de inverno estão a caminho, por isso há que carregar as baterias de passeio enquanto dá.
O plano original era Cotswolds em grande, com 2 dias de biclas e visitas a localidades e pontos de interesse entre Moreton-in-Marsh e Cirencester. Infelizmente (ou talvez não) obras nas linhas de comboio significaram nada de comboios para Moreton e a rota teve ser rapidamente alterada...
Acabamos assim por apanhar comboio desde Paddington a Leamington Spa e daqui ligar a Chipping Camden (uma das portas das Cotswolds). Esta em vez de ser parte do trajecto passou a ser meta do primeiro dia e no dia seguinte ligar daqui a Cheltenham, onde teria sido o fim do primeiro dia no projecto inicial.
Quanto à viagem de comboio, nada de especial. Fomos num regional, sem lugar especifico para as biclas, mas também sem necessidade de reservas para nos preocuparmos. Deixámo-las nos lugares para as cadeiras de rodas, bem à nossa frente. Acordamos cedo, mas mesmo assim não conseguimos deixar-nos dormir...
De Leamington Spa depressa saimos para fora, pelo que não sabemos se tem algum interesse ou não... Mas não pareceu. Agora ligar a Stratford Upon Avon, onde provavelmente iriamos fazer a nossa primeira paragem turistica.
Esteva sol e pouco vento, ideal para aproveitar as estradas secundárias que percorriamos. Ao fim de 15km fomos surpreendidos por uma propriedade do National Trust, Charlecote Park. Primeira paragem turistica alterada. É já aqui. Descobri que tinha perdido o meu cartão de membro, mas mesmo assim deixaram-me entrar, depois de feito o pedido de uma 2ª via (isto é que é eficácia).
Charlecote Park é a residência da familia Lucy, que construiu a propriedade em 1551, ainda lá vivendo a descendência (usam uma parte da casa fechada a visitas). Inclui também um grande parque e tem mesmo nas traseiras o rio Avon. Saimos de lá já com o almoço tomado, afinal de contas ainda faltavam 35km...
Stratford afinal não estava longe, mas acabamos não parar. Percorremos as ruas e gostamos. Ficamos de lá voltar para visitar as casas de Shakespeare.
Para já tudo muito plano, até chegarmos perto de Hidcote, onde tivemos uma longa subida que quebrou a D. Ao chegar aos Hidcote Gardens a prioridade foi sentarmo-nos na esplanada e esticar as pernas. A visita iria esperar até recuperar energias...
Os Hidcote Gardens foram oferecidos à National Trust em 1948 por Lawrence Johnston. Desde então foram restaurados de acordo com o seu plano nos anos 30. Organizam-se por salas, cada qual com seu tema e eles são variados. Não são gigantescos, mas são suficientemente grandes para um par de horas.
Felizmente já faltava pouco para Chipping Camden e o perfil era descendente. Ao chegar lá arranjamos alojamento no Noah Hotel, um bom quarto, com a habitual cama mole... O jantar foi no pub, podemos sempre contar com estes em qualquer lado em Inglaterra.
Os números do dia:
No domingo o pefil já teve mais sobe e desce, mas as vistas também compensaram... Demos por nós na Broadway Tower. Uma torre perdida no monte, com as Black Mountains (em Gales) no horizonte.
As estradas do dia foram quase todas bem secundárias e muito calmas. Levaram-nos até Snowshill, onde fomos visitar Snowshill Manor.
Outrora propriedade de Charles Wade tem, como é frequente, um belo jardim, que percorremos até chegar à sua casa, no antiga casa do padre e a mansão, usada por ele para albergar a sua diversa e enorme colecção de objectos. Encontramos desde armaduras japonesas a cómodas árabes, de bicicletas antigas a bugigangas indianas. A casa tem expostos 5000 dos 20000 artigos da colecção. E quando se vê de fora, nem se imagina que tanta coisa lá caberia...
Saimos de Snowshill a subir, já em direcção de Cheltenham. Agora já não haviam paragens programadas, seria só chegar a Cheltenham e apanhar o nosso comboio.
Ainda passeamos pelas ruas, mas não era nada que se comparasse com o que já tinhamos visto das Cotswolds, pelo que fomos lanchar enquanto o comboio não chegava. Este já não era regional, por isso tinhamos reservas de lugares tanto para nós como para as biclas, no total 10 pedaços de papel para uma viagem de 2h30...
Um grande fim de semana. A falta de carro fez com que todo tempo fosse as férias. Não foi só o destino, foi muito a viagem... A D. apesar de empenar no primeiro dia e ter ficado bem cansada com o segundo gostou do esquema e ficou a porta aberta a repetições... Agora só me falta planear as rotas e rezar para que não chova...